Catolicismo

O Catecismo e a obediência aos Bispos

Tradução David Brito

 

O Catecismo da Igreja Católica ensina que os bispos devem ser seguidos como se seguíssemos a Cristo porque eles tem autoridade suprema sobre a igreja, para ensinar a verdadeira fé .

CIC 862, “Assim como permanece o múnus que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido para sempre pela sagrada ordem dos Bispos.” Eis por que a Igreja ensina que “os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza, despreza a (aquele por quem Cristo foi enviado)“.

CIC 883, ” O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade se nele não se considerar incluído, como chefe, o Romano Pontífice.” Como tal, este colégio é “também ele detentor do poder supremo e pleno sobre a Igreja inteira. Todavia, este poder não pode ser exercido senão com o consentimento do Romano Pontífice.”

CIC 896, “Segui todos o Bispo, como Jesus Cristo [segue] seu Pai, e o presbitério como aos apóstolos; quanto aos diáconos, respeitai-os como a lei de Deus. Que ninguém faça sem o Bispo nada do que diz respeito à Igreja..”

CIC 939, ” Ajudados pelos presbíteros, seus cooperadores, e pelos diáconos, os Bispos têm o oficio de ensinar autenticamente a fé, de celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, e de dirigir suas Igrejas como verdadeiros pastores. A seu oficio pertence também a solicitude por todas as Igrejas, com o Papa e sob a direção dele.”

A seguinte citação não é do Catecismo da Igreja Católica. Em vez disso, é do Concílio de Trento (1545-1563), o qual expôs os ensinamentos católicos oficiais romanos. À luz do que a CIC diz, que este é o mais importante, uma vez que se trata de interpretar as Escrituras.

“. . ninguém, confiando em sua própria sabedoria, se atreva a interpretar a Sagrada Escritura em coisas pertencentes à fé e aos costumes que visam a propagação da doutrina Cristã, violando a Sagrada Escritura para apoiar suas opiniões, contra o sentido que lhe foi dado pela Santa Amada Igreja Católica, à qual é de exclusividade determinar o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Letras; [Seção IV as sagradas escrituras. http://agnusdei.50webs.com/trento7.htm]

Se, como diz o CIC, devemos seguir os bispos porque eles representam Cristo e o concílio de  Trento diz que ninguém está autorizado a interpretar as Escrituras ao contrário do que diz a “Igreja mãe”, então por que temos as seguintes passagens nas Escrituras?

  • Atos 17:11, “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, porquanto, receberam a mensagem com vívido interesse, e dedicaram-se ao estudo diário das Escrituras, com o propósito de avaliar se tudo correspondia à verdade.”
  • Romanos 14:5, “Há quem considere um dia mais sagrado do que outro; outra pessoa pode entender que todos os dias são iguais. Cada um deve estar absolutamente convicto em sua própria mente.”

Nestes dois versos, Paulo parece falar ao contrário do que o CIC e o concílio de  Trento  ensinam quando ele ELOGIA aqueles que analisam aquilo que ele estava ensinando comparando com as  Escrituras, em vez de cegamente apenas acreditar no que lhes foi dito. Pense nisso, ele era o apóstolo Paulo! Ele não os instrui a segui-lo e não interpretar as escrituras ao contrário do que ele interpretou. Ele elogiou-os por olhar para a Palavra de Deus e verificarem por si mesmos se seus ensinos eram coerentes com as escrituras.

É evidente que a Igreja Católica Romana está se colocando em uma posição que contradiz a autoridade e liderança das Escrituras. Devemos simplesmente se submeter aos bispos da ICAR apenas porque foram eles que disseram? De modo nenhum. Como diz a Bíblia, “mas, examinai todas as evidências, retende o que é bom,” (1 Tes. 5:21).

 

Matt Slick

Matt Slick é o presidente e fundador do Christian Apologetics and Research Ministry. Formado em Ciências sociais pelo Concordia University, Irvine, CA, em 1988. Bacharel em ciências da religião e mestre em apologética pelo Westminster Theological Seminary in Escondido, Califórnia