Apologética pressuposicional

Por Matt Slick

Essa forma de apologética cristã lida com pressupostos. Um pressuposto é uma suposição que é dada como certa. Um pressuposicionalista cristão pressupõe a existência de Deus e argumenta a partir dessa perspectiva para mostrar a validade do teísmo cristão. Essa posição também pressupõe a verdade das Escrituras Cristãs e se baseia na validade e poder do evangelho para mudar vidas ( Rm 1:16 ). Pelas escrituras, vemos que o incrédulo é pecador em sua mente (Rm 1: 18-32) e incapaz de entender as coisas espirituais (1 Co. 2:14).

Isso significa que não importa quão convincente seja a evidência ou boa a lógica, um incrédulo não pode chegar à fé porque sua natureza decaída distorcerá a forma como ele percebe a verdade. A única coisa que pode finalmente mudá-lo é a regeneração . Para esse fim, o pressuposicionalista procura mudar os pressupostos de uma pessoa para estar em conformidade com a revelação bíblica.

No entanto, ao usar a apologética pressuposicional, as coisas se encaixam bastante bem. Você pode considerar a apologética pressuposicional como um tipo de “teoria” que você assume para explicar o mundo ao nosso redor. Se você pressupõe a existência de Deus, o mundo faz sentido. Você poderia então explicar como chegamos existir, como pode haver leis absolutas da moralidade e por que a racionalidade é o que é. As listas de pressupostos cristãos lidam com essas questões e outras com muita eficácia.

Além disso, quando pressupomos a validade das Escrituras, estamos usando o poder da palavra de Deus em nossas discussões ( Isaías 55:11).

Eu descobri que os pressupostos de uma pessoa são extremamente importantes quando se discute Deus e a validade do cristianismo. Eu sempre faço perguntas de diagnóstico para descobrir onde uma pessoa está filosoficamente e pressuposicionalmente, para que eu possa discutir melhor o cristianismo . Este é um ponto muito importante a ser focado, porque os pressupostos de uma pessoa governarão como alguém interpreta os fatos. Por favor, considere o diálogo a seguir como um exemplo realista de como isso funciona.

Allen : Eu sou ateu e evolucionista. Prove para mim que existe um Deus.
Paul : Eu não acho que posso fazer isso por causa de seus pressupostos.
Allen : Por que não?
Paulo : Porque seus pressupostos não permitirão que você examine sem viés as evidências que apresento a você para a existência de Deus.
Allen : Isso é porque não há evidências da existência de Deus.
Paul : Está vendo? Ai está. Você acabou de confirmar o que eu estava dizendo.
Allen : Como assim?
Paulo: Seu pressuposto é que não há Deus; portanto, não importa o que eu possa lhe apresentar para mostrar Sua existência, você deve interpretá-la de uma maneira consistente com seu pressuposto: a saber, que Deus não existe. Se eu tivesse uma fita de vídeo de Deus descendo do céu, você diria que foi um efeito especial. Se eu tivesse mil testemunhas oculares dizendo que o viram, você diria que era histeria em massa. Se eu tivesse profecias do Antigo Testamento cumpridas no Novo Testamento, você diria que elas foram falsificadas, datadas incorretamente ou não são profecias reais. Portanto, não posso provar nada para você, pois seu pressuposto não permitirá. É limitado.
Allen : Não é limitado.
Paulo: Sim, ele é. Seu pressuposto não pode permitir que você determine corretamente a existência de Deus a partir de evidências – desde que existam provas factuais de Sua existência. Você não vê? Se eu tivesse provas incontestáveis, seu pressuposto o forçaria a interpretar os fatos de forma consistente com seu pressuposto; e você não seria capaz de ver a prova.
Allen : Entendo seu ponto de vista, mas estou aberto a ser persuadido, se puder.
Paul : Então, devo lhe perguntar, que tipo de evidência você aceitaria que provaria a existência de Deus? Devo ver quais são seus pressupostos e trabalhar com eles ou contra eles.

A apologética pressuposicional difere da apologética clássica “em que a apologética pressuposicional rejeita a validade das provas tradicionais para a existência de Deus”. Um pressuposicionalista puro aborda a visão de mundo de uma pessoa e procura mudar o próprio fundamento de como uma pessoa percebe os fatos.

Os que aderiram a essa posição foram Cornelius Van Til, Abraham Kuyper, Greg Bahnsen, John Frame etc.

• Teísmo é a crença de que Deus existe e está envolvido no mundo.
• Geisler, Enciclopédia de Apologética Cristã de Baker , página 607.