Apóstolo mórmon refuta acidentalmente a experiência do “testemunho” mórmon

6 de dezembro de 2022 Matt Slick 856 visualizações

Por Luke Wayne

O mormonismo é, em última análise, construído sobre a autoridade de uma experiência espiritual interior ou “testemunho”. Os missionários mórmons instruem as pessoas a orar se o Livro de Mórmon é ou não uma verdadeira revelação de Deus. Eles devem orar para saber se a igreja mórmon é verdadeira ou se Joseph Smith é um verdadeiro profeta. Se a pessoa receber uma afirmação positiva interior, e espiritual dessas coisas, ela deve confiar que isso é um testemunho do Espírito Santo de Deus. Ironicamente, na Conferência Geral de outubro de 2022 da igreja SUD, um apóstolo mórmon acidentalmente (mas com precisão) refutou essa experiência fundamental na qual repousa todo o mormonismo.

Devemos orar sobre essas coisas?

Eu escrevi anteriormente sobre por que é realmente antibíblico e inapropriado orar para saber se o Livro de Mórmon é verdadeiro ou não. Nesse artigo, expliquei:

“É errado ignorar o que Deus já disse claramente e orar presunçosamente por sua própria revelação pessoal sobre algo sobre o qual Deus já falou nas sagradas escrituras.”

Não é de se surpreender que os santos dos últimos dias tenham questionado meu artigo e esta declaração em particular. Mas recentemente, uma figura pública interveio para ecoar minha advertência ao povo Mórmon.

Ironicamente, não era outro senão Dale G. Renlund, um dos doze apóstolos da Igreja Mórmon. Falando com sua autoridade oficial como uma das autoridades gerais da Igreja SUD em um ensinamento formal para toda a igreja na recente conferência geral, Renlund disse:

“Quando pedimos revelação sobre algo que Deus já deu uma direção clara, nos abrimos para interpretar mal nossos sentimentos e ouvir o que queremos ouvir. Um homem certa vez me contou sobre suas lutas para estabilizar a situação financeira de sua família. Ele teve a ideia de desviar fundos como solução, orou sobre isso e sentiu que havia recebido uma revelação afirmativa para fazê-lo. Eu sabia que ele havia sido enganado porque buscava revelação contrária a um profeta, contrária a um mandamento de Deus. O profeta Joseph Smith advertiu: ‘nada é um dano maior para os filhos dos homens do que estar sob a influência de um espírito falso quando eles pensam que têm o espírito de Deus‘” ¹

Nesse ponto em particular, concordo plenamente com Renlund. No entanto, se ele realmente seguisse seu próprio conselho de forma consistente, ele não poderia mais ser um “apóstolo” (ou mesmo um membro) da igreja SUD. Ouso dizer que, se todos os santos dos últimos dias que estivessem ouvindo realmente seguissem seu conselho, o mormonismo deixaria de existir.

Orar sobre profetas e revelações

Agora, por que eu digo isso? Bem, novamente, toda a base da religião Mórmon, toda a sua justificação para a existência, diz que o Livro de Mórmon é uma revelação real de Deus, que Joseph Smith foi um verdadeiro profeta de Deus e que a igreja deles é a verdadeira igreja. E como eles substanciam essas afirmações? Pedindo que você ore a respeito disso e receba um testemunho espiritual.

No entanto, eles se deparam com um problema. Deus já falou claramente sobre como devemos avaliar alguém que afirma ser um profeta ou trazer uma revelação de Deus. De fato, Deus nos ordenou que testássemos os profetas e suas revelações de uma maneira particular. Tentar contornar as instruções claras de Deus e, em vez disso, orar e confiar em qualquer experiência espiritual que se tenha é exatamente o que o próprio apóstolo mórmon Renlund reconheceu como uma abordagem imprudente que leva alguém apenas ao engano!

Deus não nos disse para orar sobre a veracidade dos profetas e suas supostas revelações. Em vez disso, ele nos deu instruções específicas, como:

“cautelai-vos quanto aos falsos profetas. Eles se aproximam de vós disfarçados de ovelhas, mas no seu íntimo são como lobos devoradores. 16Pelos seus frutos os conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas? 17Assim sendo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins. 18A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim produzir bons frutos. 19Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e atirada ao fogo. 20Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7:15-20)

Muitos Mórmons apontarão para isso e dirão: “Sim, está vendo? E olha como nossa igreja é generosa? Quanto nossa igreja doa para caridade e tudo o que nossa igreja dá aos pobres? Não é um bom fruto? Isso não prova que nosso profeta é verdadeiro?” Ironicamente, no início do mesmo sermão, Jesus advertiu:

“Portanto, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados pelos homens. Em verdade vos digo, eles têm a sua recompensa completa. Mas quando você der esmola, não deixe sua mão esquerda saber o que sua mão direita está fazendo.” (Mateus 6:2-3)

Assim, ao apontar para suas doações e obras de caridade bem públicas e visíveis, chamando sua atenção para isso e tentando fazer com que você pense bem deles por isso, eles estão se comportando como Jesus disse que os hipócritas fazem! Isso também nos mostra que esse não pode ser o fruto que Jesus quis dizer. Não, de fato, tais atos públicos e imagem externa saudável são exatamente as “roupas de ovelha” pelas quais Jesus nos advertiu para não sermos enganados. Precisamos saber o que está dentro. Como fazer isso? Orar sobre isso? Não, novamente, há um padrão objetivo. nós olhamos para o fruto. Qual é ofruto? Jesus disse:

“ 34Raça de víboras! Como podeis falar coisas boas, sendo maus? Pois a boca fala do que está cheio o coração. 35Uma boa pessoa tira do seu bom tesouro coisas boas; mas a pessoa má, tira do seu tesouro mau, coisas más. 36Por isso, vos afirmo que de toda a palavra fútil que as pessoas disserem, dela deverão prestar conta no Dia do Juízo. 37Porque pelas tuas palavras serás absolvido e pelas tuas palavras serás condenado.” (Mateus 12:34-37).

Assim, podemos ver sob a pele de ovelha e avaliamos a verdadeira natureza de um profeta não observando o exterior, mas avaliando as palavras, que são uma janela para o que está dentro. Examinamos os ensinamentos e as profecias de um profeta, assim como Deus ordenou explicitamente:

“Mas o profeta que presunçosamente falar em meu nome alguma palavra que eu não lhe tenha mandado falar, ou que ele falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.’ Você pode dizer em seu coração: ‘Como saberemos a palavra que o Senhor não falou?’ Quando um profeta fala em nome do Senhor, se a coisa não acontece ou se cumpre, isso é o que o Senhor não falou. O profeta falou isso presunçosamente; não terás medo dele. (Deuteronômio 18:20-22).

Como você pode ver, Deus deu uma ordem e um padrão claro. Examine as predições do profeta feitas em nome do Senhor. Se alguma delas falhar, ele é um falso profeta. No entanto, mesmo que se tornem realidade, há mais um teste que Deus ordena:

“Se surgir entre vós um profeta ou sonhador e vos anunciar um sinal ou prodígio, se cumpra o sinal ou prodígio de que vos falou, dizendo: Vamos após outros deuses (a quem não tendes conhecido) e vamos servi-los’, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; pois o Senhor, seu Deus, está testando você para saber se você ama o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma. (Deuteronômio 13:1-3).

Portanto, mesmo um profeta que parece ter a capacidade milagrosa de prever o futuro é, um falso profeta se ele levar você a adorar qualquer deus que não seja o Deus da Bíblia. Além disso, se ele apresenta um evangelho diferente do pregado pelos apóstolos de Jesus e encontrado no Novo Testamento, ele também é falso. Como Paulo escreveu:

“Mas, ainda que nós ou um anjo do céu vos pregue um evangelho diferente do que vos temos pregado, seja amaldiçoado! Como já dissemos, repito agora: se alguém vos pregar um evangelho contrário ao que recebestes, seja amaldiçoado!” (Gálatas 1:8-9).

O apóstolo João confirma isso:

“Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”. (1 João 4:6)

Se um profeta profetiza contrariamente às palavras dos escritores apostólicos do Novo Testamento, o espírito por trás dele é um espírito de erro. Se ele ensina um evangelho diferente do que Paulo e os apóstolos pregaram, ele é amaldiçoado. Se ele te leva a adorar outro deus, ele é um falso profeta. E tudo isso é verdade mesmo que ele faça previsões milagrosas e mostre sinais e maravilhas. Se suas previsões não acontecerem, ai fica ainda mais fácil! Ele deve ser rejeitado! assim que devemos testar os profetas e suas revelações. Se ignorarmos o processo que Deus já estabeleceu claramente e, em vez disso, orarmos para que Deus nos dê uma revelação pessoal direta sobre o assunto, nós (como até mesmo Renlund reconheceu) “nos abrimos para interpretar mal nossos sentimentos e ouvir o que queremos ouvir” e, pior ainda, corremos o risco de dar ouvidos a um espírito falso e enganador e confundir sua influência espiritual com a voz de Deus.

Mas os profetas mórmons falham nesses testes?

Embora abordemos os vários ensinos antibíblicos com muito mais detalhes em outro lugar , vale a pena observar brevemente alguns pontos aqui. Em primeiro lugar, observe o fato de que o Livro de Mórmon e os profetas mórmons recomendam orar sobre suas revelações e confiar em sua experiência espiritual interior, em vez de avaliá-los com base nos padrões claramente estabelecidos (e ordenados) de Deus.[Moroni:10:4]

Isso já deve ser uma grande bandeira vermelha. Nesta mesma abordagem, eles estão pedindo que você viole a palavra de Deus sobre como testar os profetas.

Mas há mais. Uma vez que aplicamos esses padrões, os problemas surgem imediatamente. Veja, por exemplo, os numerosos exemplos documentados das falsas profecias de Joseph Smith. Para dar um exemplo, Smith fez a seguinte predição em nome do Senhor em 11 de abril de 1838:

“Em verdade, assim diz o Senhor: É sábio da parte de meu servo David W. Patten resolver todos os seus negócios assim que possível e fazer uma disposição de sua mercadoria para que possa cumprir uma missão para mim na próxima primavera, em companhia de outros, até mesmo doze incluindo ele mesmo, para testificar de meu nome e levar boas novas a todo o mundo”. (D&C 114:1).

O significado é bastante direto. David W. Patten faria parte de uma equipe de 12 pessoas que seriam enviadas em uma missão para pregar o evangelho Mórmon a todo o mundo. O que o suposto deus onisciente de Joseph Smith não previu foi que David W. Patten morreu no final daquele ano. Ele nunca chegou à próxima primavera. Ele nunca serviu em uma missão. Joseph Smith profetizou falsamente.

E este é apenas um exemplo. Quando eu morava em Kansas City, frequentemente passava de carro pelo terreno baldio em Independence, MO, onde Joseph Smith profetizou que um templo seria construído em sua geração (D&C 84). Nenhum templo jamais existiu ali, e mesmo que a igreja SUD eventualmente possua a propriedade e construa um, eles não o farão no tempo ou no contexto que Smith previu.

Além de sua previsão de eventos futuros, Smith ofereceu sua suposta capacidade de traduzir documentos antigos pelo dom e poder de Deus como um sinal de que ele era um profeta. Este sinal também falhou. Sua tentativa de traduzir a Bíblia fornece evidências demonstráveis de que ele não tinha tal poder, sem mencionar seu suposto Livro de Abraão e até mesmo o incidente quase humorístico das “ placas de Kinderhook ”.

Assim, no teste bíblico de Deuteronômio 18:20-22 , Joseph Smith falha (e, portanto, também falha sua afirmação de traduzir sobrenaturalmente o Livro de Mórmon de um registro antigo). Ele ofereceu sinais, tanto em previsões de eventos futuros quanto na suposta tradução de textos pelo dom e poder de Deus. Em ambas as categorias, seus sinais não se sustentaram, e Deus nos ordena a rejeitar tal profeta. É algo sobre o qual queremos orar? Não. Deus já falou claramente sobre o assunto. Mas mesmo que não fosse esse o caso, Smith também falhou nos testes subsequentes. Ele ensinou seus seguidores a adorar um Deus diferente? Sim. Ele pode alegar que o deus que ele apresenta é o Deus da Bíblia, assim como Aarão e Jeroboão fizeram com seus ídolos de bezerro de ouro (Êxodo 32:3-5, 1 Reis 12:28, respectivamente). Mas o Deus da Bíblia não é um homem (Números 23:19), não muda (Malaquias 3:6) e sempre foi Deus (Salmo 90:2). Mas Smith diz sobre o deus que ele prega;

“O próprio Deus já foi como nós somos agora, e é um homem exaltado, e está entronizado nos céus distantes.” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 345)

O Deus da Bíblia diz que nenhum Deus existiu antes Dele e nenhum outro Deus foi formado depois Dele (Isaías 43:10). Só ele é Deus, não há outro (Isaías 45:22). Mas Joseph Smith disse de seu deus:

“Deus, o Pai de Jesus Cristo, teve um Pai, você pode supor que Ele também teve um Pai. Onde já houve um filho sem pai? E onde houve um pai sem primeiro ser um filho? Sempre que uma árvore ou qualquer coisa passou a existir sem um progenitor? E tudo vem desta forma. Paulo diz que o que é terreno é semelhante ao que é celestial. Portanto, se Jesus teve um Pai, não podemos acreditar que Ele também teve um Pai? (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 373)

“Vou contar a vocês como Deus veio a ser Deus. Nós imaginamos e supusemos que Deus era Deus desde toda a eternidade, refutarei essa ideia e removerei o véu, para que você possa ver. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 345)

Assim, Joseph Smith nos convida a adorar um homem exaltado que já foi como nós, que nem sempre foi deus, mas teve que se tornar deus, que foi gerado por seu próprio pai celestial, um deus antes dele (que por sua vez teria um deus antes dele também, e para trás e para trás para sempre, deuses infinitos antes que o deus de Smith nascesse.) Como um dos bezerros de ouro na era do Antigo Testamento, Smith afirma que esse deus é o Deus da Bíblia. Como um Jeroboão de nossos dias, Smith diz “aqui está o deus que tirou Israel do Egito”, mas ele aponta para uma imagem de sua autoria. Smith nos convida a adorar um Deus diferente. Deuteronômio 13 é claro sobre o que isso significa. Isso não é algo pelo qual precisamos (ou devemos) orar em busca de uma resposta diferente.

Obtemos os mesmos resultados quando comparamos o evangelho mórmon com o evangelho bíblico . Eles são mundos separados. Importa que Joseph Smith diga que o recebeu de um anjo do céu? A palavra de Deus em Gálatas 1 diz que não. Orar sobre isso não mudará a opinião de Deus. Ele te deu o teste. Ignorar o método de Deus apenas abrirá você para o engano. Ironicamente, até mesmo o conselho do Sr. Renlund indicaria isso!

Referências