Expiação substitutiva de Jesus Cristo.
Por- Matt Slick – Tradução – David Brito-
Há opiniões divergentes sobre a expiação de Cristo que foram oferecidas ao longo da história da igreja cristã. Nem todas elas são bíblicas. A posição correta é a posição da expiação substitutiva, pois isso significa que Cristo tomou o nosso lugar na cruz, o que é claramente ensinado em Isaías 53: 4-6; 2Co. 05:21; e 1Pe. 2:24. A seguir, uma lista de várias teorias com seus problemas citados:
Teoria do Resgate.
Esta teoria defende que o preço que Jesus pagou foi pago à para Satanás. O problema com essa visão é que não há base bíblica para isso. Esta opinião foi sustentada por Orígenes (185-254). Esta teoria erroneamente assume que fomos resgatados de Satanás. Mas a verdade é que temos quebrado a lei de Deus e é a Deus que o pagamento deve ser feito. Além disso, não há referências na Bíblia que fomos resgatados do diabo. Em vez disso, o sacrifício foi feito para Deus.
Ef. 5:1-2, “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave..”
Visão da Influencia Moral
Diz que Deus não precisava de um pagamento por quebrar sua lei, e que a morte de Cristo foi apenas um exemplo de quanto Deus nos amou. Pedro Abelardo (1079-1142) manteve esta posição. Esta visão não leva em conta os muitos versos que falam que Jesus morrer por nossos pecados.
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- Gl. 1:4, “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.”
- 1 Co. 15:3, “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.”
- 1 Pe. 3:18, ” Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.”
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A teoria Governamental.
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- Diz que Deus não teria que exigir um pagamento para os pecadores, e que Deus poderia ter perdoado as pessoas simplesmente por assim escolher fazê-lo sem qualquer necessidade de pagamento por quebrar as suas Leis. Se isto é assim, então por que Cristo precisou morrer? Isto significa que Cristo não fez nenhum pagamento e não morreu pelos pecados de ninguém.
Teoria do Exemplo.
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- Esta teoria também nega que Deus exige um pagamento por quebrar sua lei e a morte de Cristo na cruz foi um exemplo de como devemos confiar em Deus completamente, mesmo ao ponto morrer por Ele. Essa teoria também não consegue lidar com as muitas passagens bíblicas que falam de Cristo morrer pelos nossos pecados.
Morte Vicária.
Em oposição aos pontos de vista acima, a posição do DEFENDENDO A FÉ é conhecida como “expiação vicária”. A palavra “vicária” significa substituto. Portanto, Cristo foi um substituto para todos os quais ele tomou o lugar e sofreu o castigo que não pertencia a Ele. Foi também um ato jurídico pelo qual Cristo cumpriu a lei e legalmente pagou o preço do pecado.
É bíblico dizer que Cristo tomou o nosso lugar e sofreu nosso castigo? Sim. Antes de tudo, podemos ver sacrifício vicário já no Antigo Testamento.
Genesis 22:13, ” Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.”
Observe que o carneiro foi oferecido no lugar de Isaac. Este foi um sacrifício substitutivo que é exatamente o que significa “vicário”. Além disso, vemos uma profecia da obra expiatória de Cristo em Isaías. Observe a linguagem substitutiva:
Isaias 53:4-5, “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.
Nós vimos nos versos acima que Isaías profetizou que Jesus iria tomar sobre si nossas dores, e enfermidades, foi ferido de Deus e que o nosso castigo caiu sobre ele. (castigo que era para ser nosso e caiu sobre Ele) Dá para ser mais claro? O que era para ser aplicado a nós por causa de nossos pecados caiu sobre Cristo. Ele foi o nosso substituto.
- 2 Cor. 5:21, “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.
- Rm. 4:25, “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”.
Claramente, Jesus foi uma substituição em que ele foi feito pecado em nosso lugar. Assim como o CORDEIRO que foi oferecido como um substituto para Isaque, Cristo foi oferecido em substituição para nós. É por isso que a Bíblia diz que ele se tornou pecado por nós, por causa das nossas transgressões. Ele carregou os nossos sofrimentos, as nossas dores, foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades.
Jesus fez o que nós não podiamos fazer, Ele tomou o nosso lugar e levou os nossos pecados em seu corpo na cruz (1 Pe. 2:24) e fez propiciação pelos nossos pecados.
- Rm. 3:25, “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus.”
- 1 João 2:2, “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
- 1 João 4:10, “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.”
A palavra propiciação “significa a remoção da ira pela oferta de um presente.” Propiciação lida com a ira de Deus. A ira de Deus se deve aos requisitos legais de punir o pecador. Lembre-se, o pecador é alguém que tem quebrado a lei de Deus, daí, a legalidade da punição, e uma vez que Jesus é a nossa propiciação Ele afasta a justa ira de Deus que legalmente seria contra nós, pecadores. Assim sendo, o sacrifício de Cristo foi para evitar que ajusta ira de Deus caísse sobre nós, os pecadores. Desde que a lei de Deus deve ser cumprida e não pode ser ignorada. Jesus é o único que cumpriu a lei e nunca pecou (1 Pe. 2:22). Mas, ele levou os nossos pecados em seu corpo na cruz (1 Pe. 2:24) e tornou-se pecado por nós (2 Cor. 5:21), assim, sofrendo a pena do pecado, que é a morte.
A morte de Cristo foi um pagamento legal
Além de expiação, o sacrifício de Cristo foi vicário, e também legal. Legalidade lida com a lei. Pecar é violar a Lei de Deus. Quando uma lei é quebrada, se requer uma punição. Não há pena sem lei, e não há nenhuma lei sem punição. Quando uma pessoa é condenada à pena de prisão, isto foi feito com base nas exigências da lei. A sentença requerida para aquele que viola a lei de Deus é a morte.
2 Co.1:9, “Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos”.
Paulo nos diz que tivemos uma “sentença de morte”. E isto se deve ao fato de que violamos as leis de Deus. Por isso, fomos declarados culpados diante de Deus, porque todos nós quebramos a sua lei. Além disso, quando Jesus estava na cruz, ele disse: “Está consumado!” (João 19:30). Em grego é “teletestai”, um termo legal que significava a quitação de uma dívida.
“A sexta palavra ou dizer que Jesus falou da cruz foi uma palavra grega que significa “Está consumado.” Recibos de pagamento de impostos feitos de papiros foram recuperados com a palavra teletestai escritos neles, que significa “pago na íntegra.” Esta palavra nos lábios de Jesus foi significativa. Quando Ele disse: “Está consumado” (e não “Eu estou acabado”), Ele quis dizer que a Sua obra redentora foi completa. Ele tinha se tornado pecado por nós. (2 Cor. 5:21) e tinha sofrido a pena da justiça de Deus em nosso lugar..”2
Jesus conhecia a cultura, e ele especificamente usou a palavra “teletestai”, que era usada em declarações legais no tempo de Cristo quando uma dívida legal havia sido integralmente paga. Por que isso foi legalmente necessário? Porque o pecado só tem poder por causa da lei (legalidade) de Deus. A lei exige um castigo, e o castigo é a morte.
- 1 Co. 15:56, “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei”.
- Rm. 6:23, “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”
Toda a obra expiatória de Cristo foi uma ação legal onde Jesus substituiu a si mesmo por todos os pecadores que o receberam como Salvador, e pagou o requisito legal que o pecado exigia; a morte. Isto é o que as escrituras ensinam, e esta é a posição do DEFENDENDO A FÉ.